Norma que autoriza demissão de professores temporários em atestado médico surpreende CPERS

O Governo do Estado pegou muitos educadores de surpresa recentemente, ao anunciar uma norma que prevê o desligamento de professores durante licença-saúde para tratamentos contra câncer, depressão e após cirurgias, por exemplo. Na semana passada, o governador Eduardo Leite falou pela primeira vez sobre o caso, e disse que o foco do governo é garantir o atendimento e aprendizagem aos alunos, com professores em sala de aula, e que o ciclo de seguidos contratos emergenciais para suprir a ausência de professores precisa parar.

Nesta manhã a reportagem da RPI ouviu a diretora do 31º Núcleo do CPERS ,com sede em Ijuí, Terezinha Mello. Segundo ela, há cerca de dois meses o Sindicato começou a receber denúncias de que alguns profissionais, ao apresentarem laudo médico, foram demitidos. Entre eles, professores com licença maternidade e até em tratamento oncológico.

Depois dessa situação, os profissionais do CPERS solicitaram à Comissão de Serviços Públicos de Educação da Assembleia Legislativa uma audiência pública, que foi realizada na semana passada, e contou com a participação de representantes do Ministério Público e Secretaria de Educação do Rio Grande do Sul. Segundo Terezinha Mello, após grande pressão feita por parte dos educadores, o estado se comprometeu, durante a audiência, em rever a situação.
Terezinha afirma que foram barradas temporariamente as demissões. Agora, os profissionais aguardam uma posição definitiva do Governo do Estado.