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Observatório da Discriminação Racial fala à RPI sobre racismo no futebol: ‘é necessário multar e punir severamente o clube’

17 de maio de 2022

Diante dos inúmeros casos de racismo no futebol, observados com mais frequência nos últimos meses, a reportagem da Rádio Progresso ouviu o representante do Observatório da Discriminação Racial no Futebol, Marcelo Medeiros Carvalho. No último final de semana pelo menos três situações aconteceram, e duas delas na região. No sábado (14), na partida entre Aimoré e São Luiz, o treinador do Aimoré, Edinho, foi insultado por um torcedor que proferiu palavras de injuria racial ao técnico. Mais tarde, no estádio Beira Rio, o jogador Edenilson, do Internacional, também passou por situação semelhante. Ainda no sábado, um jogador de futsal denunciou à reportagem da Rádio Progresso um crime de injúria racial e agressão do qual ele foi vítima em uma partida realizada na noite desta sexta-feira, no município de Bozano.

Marcelo Medeiros Carvalho confirmou que, infelizmente vem observando o crescimento significativo de casos de racismo no futebol, e acredita que punições que envolvam o clube sejam a forma mais eficaz de amenizar o problema. “As pessoas estão cometendo esses atos sem a menor cerimonia, eles não tem mais vergonha de sair de casa para fazer isso” afirma.
Além disso, Marcelo citou as mudanças recentes promovidas pela Conmebol, com a proposta de modificar a multa aos clubes e incluir jogos com portões fechados. A multa atual aos clubes é de 30 mil dólares (R$ 100 mil). Com a mudança proposta, o valor aumentaria para 100 mil dólares (R$ 500 mil).  Ele acredita que a nova definição possa incentivar os clubes a promover ações e campanhas voltadas a conscientização dos torcedores. Em caso de reincidência, as penalidades precisam ser mais severas na opinião de Marcelo, o que inclui a perda de pontos e perda de mando de campo ao clube.

Através do endereço eletrônico observatorioracialfutebol.com.br é possível conhecer mais sobre o projeto e o trabalho desenvolvido pela entidade.

Fonte: Rádio Progresso