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Operação para desarticular rede de lavagem de dinheiro apreende R$ 5 milhões em bens no RS

28 de junho de 2019

A Polícia Civil realizou uma operação na manhã desta sexta-feira (28) no Rio Grande do Sul para desarticular uma rede de lavagem de dinheiro comandada por presos. Foram cumpridas 87 ordens judiciais – 23 mandados de busca e apreensão, sequestro de cinco imóveis de luxo, bloqueio de contas bancárias e 47 quebras de sigilo bancário.

Quatro pessoas foram presas e uma está foragida. A polícia sequestrou aproximadamente R$ 5 milhões em bens. As ações foram realizadas em São Leopoldo, Novo Hamburgo, Campo Bom, Lajeado e Porto Alegre. O grupo movimentava em torno de R$ 500 mil por semana, segundo as autoridades.

A polícia descobriu que líderes regionais da facção utilizavam uma rede de laranjas para realizar a ocultação de bens adquiridos com dinheiro do tráfico internacional de drogas e com a distribuição interna no Rio Grande do Sul.

“É uma facção, uma organização, já existente desde do final dos anos 1980, início dos anos 1990, sediada no Vale dos Sinos, mas se espalhou por todo o estado do Rio Grande do Sul, e tem contatos com o Brasil inteiro”, afirma o delegado Adriano Nonnenmacher.

Um dos suspeitos envolvido no esquema é um homem, de 31 anos, que está preso na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas. Ele tem antecedentes por tráfico de drogas, associação para o tráfico, latrocínio, roubo, homicídio, associação criminosa, organização criminosa e porte de armas.

O homem é suspeito de comandar uma facção em Campo Bom e em outras cidades do Vale do Paranhana e da Serra Gaúcha. Segundo a polícia, ele é responsável pelas operações logísticas de entrada de drogas e armas no estado, como cocaína, crack e fuzis. Além disso, ele ordenava e executava assassinatos nestas regiões. Ele tem 13 indiciamentos por homicídios.

Segundo as investigações, o homem é associado a outro líder regional da facção, que atualmente está preso na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

A polícia relatou que eles utilizavam como laranjas, não só familiares e comparsas, mas também amigos sem antecedentes policiais, o que dificultou as investigações.

“[Dessa maneira] eles conseguiam ocultar e dissimular os bens adquiridos com o dinheiro do tráfico”, acrescenta o delegado.