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Operação policial nas Missões prende integrantes de organização criminosa que falsificava cigarros

19 de junho de 2020
Foto: Polícia Civil

Uma investigação policial iniciada há cerca de dois meses e comandada pela DRACO de São Luiz Gonzaga, na região das Missões, e que contou com a ação coordenada dos serviços de inteligência da Polícia Civil, BM, PRF, PRE e Receita Federal, identificou um grupo criminoso sediado no Mato Grosso do Sul e que atua na falsificação de cigarros. A Polícia Civil estima que o grupo preso ontem (18) de noite movimentava cerca de R$ 1 milhão e 500 mil por semana, causando prejuízos fiscais e sanitários incalculáveis, já que não recolhia impostos e fabricava cigarros sem as mínimas condições de higiene.

Um dos presos ontem era um foragido do presídio de Sarandi no mês de junho de 2019 e atuava como uma espécie de “gerente gaúcho” da organização criminosa. A quadrilha usava diversos haras para a criação de cavalos no RS para disfarçar a movimentação financeira milionária. O preso foragido e capturado ontem usava documentos adulterados. A Polícia acredita que os documentos – autênticos, pois com os dados de um morador de Santa Catarina – foram adulterados com o auxílio do titular do documento e um funcionário do DETRAN de SC ou órgão de identificação do PR.

O Delegado Heleno destaca que a adulteração é tão bem feita que ao consultar nos sistemas policiais, a fotografia do foragido aparece como sendo a do verdadeiro titular dos documentos. O foragido, inclusive, já havia sido abordado pelas polícias e liberado em outras regiões, pois a fotografia dele aparecia ao ser consultado no sistema eletrônico policial.

Na manhã desta sexta-feira, como sequência das investigações, a DRACO de São Luiz Gonzaga coordenou buscas em haras, galpões, empresas e residências em diversas cidades do RS, tais como Canoas, Nova Santa Rita, Caibaté, São Borja, Caçapava, Cachoeira do Sul, Sobradinho e outras.  O Delegado Regional de São Luiz Gonzaga, Afonso Stangherlin, destacou que ações integradas deste tipo fazem parte de uma diretriz da Chefia de Polícia e devem ser adotadas como regra em razão dos efeitos positivos que vêm alcançando.

As investigações ainda apontam que esse esquema de venda e fabricação de cigarros falsificados são comandados por uma organização criminosa sediada no Mato Grosso do Sul, que também explora o tráfico de drogas. As provas coletadas em poder do foragido preso ontem reforçam ainda mais essa linha de investigação.  As ações realizadas nesta sexta-feira ainda contaram com o apoio da Delegacia do Consumidor do DEIC e diversos outros órgãos policiais da PC, PRF e BM. Diversos veículos e documentos foram apreendidos.

 

Fonte: Polícia Civil