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PM mata esposa com tiro após confundi-la com assaltante em Capela de Santana

24 de julho de 2019

Uma mulher, de 29 anos, morreu após levar um tiro dentro de casa na madrugada desta quarta-feira (24) em Capela de Santana, na Região Metropolitana de Porto Alegre. De acordo com a Brigada Militar, o disparo partiu da arma do próprio companheiro, de 31 anos, que é policial militar. Ele alegou à polícia que atirou contra a mulher por engano.

“A casa estava às escuras. Achou que fosse alguém dentro da casa, gritou, ninguém falou, achou que fosse um bandido”, relata o coronel Vitor Hugo Konarzewski, comandante do Comando Regional de Polícia Ostensiva do Vale do Sinos.

Os dois moravam juntos e não tinham filhos. A vítima, identificada como Thaiane de Oliveira, levou um tiro na altura do peito. Policiais militares vizinhos ouviram o disparo, foram até a casa e a encontraram ferida. Ela foi socorrida ainda com vida e levada a um hospital da região, mas não resistiu.

Conforme o coronel Konarzewski, o companheiro entrou em surto e também foi levado para atendimento. Ele está internado no Hospital da Brigada Militar de Porto Alegre e ainda será ouvido formalmente pela polícia. A arma, que era usada em serviço, foi apreendida.

Mulher foi atingida por um tiro dentro de casa — Foto: Cristine Gallisa/RBS TV

O caso também está sendo investigado pela Polícia Civil, que já ouviu os pais da vítima e a irmã informalmente. A família relatou que os dois já haviam sido casados, mas se separaram em meados de 2014. O casal reatou em dezembro de 2018.

“A gente está ouvindo várias pessoas. Nós temos o celular da vítima que eu acredito que vai nos dizer muita coisa”, afirma a delegada responsável pelo caso, Raquel Peixoto. “A gente está investigando todas as hipóteses possíveis. Não estou excluindo nada. Tudo é possível, desde um crime de homicídio culposo a um crime passional”, acrescenta.

Conforme a polícia, Thaiane nunca registrou ocorrência de agressão física ou verbal contra o companheiro. A delegada ainda irá ouvir amigas da mulher, os policiais militares vizinhos, que atenderam a ocorrência, além do companheiro.

“Sobre o local do crime, o que aconteceu ali, porque na verdade nós não temos testemunhas, nós temos só os dois. Então, tudo que pode nos apontar vai ser o celular, as testemunhas e o laudo [da perícia]“.

Fonte: G1