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Polícia Civil avalia paralisar serviços parcialmente com ‘operação padrão’

15 de novembro de 2019
Policiais civis gaúchos paralisaram atividades nesta semana. Foto: Guilherme Testa

Após dois dias de manifestações nesta semana, em protesto ao pacote de medidas do governo do Estado que pretende reduzir direitos do funcionalismo público, os policiais civis gaúchos retomaram normalmente os serviços nesta sexta-feira.

Na quarta-feira, a Ugeirm Sindicato, que representa a categoria, se reuniu com o vice-governador, delegado Ranolfo Vieira Júnior, e com a Chefe de Polícia do RS, delegada Nadine Anflor. No encontro, foi apresentado o Projeto de Lei Complementar (PLC) que vai regulamentar a aposentadoria policial, definindo as regras para a paridade e a integralidade no momento da aposentadoria.

Mesmo após o encontro, a avaliação da Ugeirm é de que o governo do Estado não tem mostrado disposição para o diálogo, esperando somente o aval das entidades para as medidas contidas no pacote apresentado à Assembleia Legislativa.

Diante disso, o sindicato da categoria já avalia a adoção da chamada operação padrão, quando são executados somente os serviços básicos. “Nós temos uma pauta de reivindicações, e se essa pauta não for ao menos considerada, certamente vamos adotar a operação padrão”, afirma Leonel Rodrigues, representante da Ugeirm Sindicato em Ijuí. “Essa medida consiste em cumprir exclusivamente o que a lei manda, o policial não vai tomar a iniciativa da investigação, tomar depoimentos, redigir ofícios. Isso acaba atrasando o serviço, porque as ações ficam represadas. Além disso, não utilizamos equipamentos que estejam sucateados, como viaturas com pneu careca, coletes vencidos ou avariados. Nossa intenção não é ir para o embate, mas se for necessário vamos fazer isso”, completa Leonel Rodrigues.

Na próxima segunda-feira, a diretoria executiva da Ugeirm vai se reunir para avaliar o quadro. A intenção é conseguir uma audiência com o governador Eduardo Leite, e rediscutir pontos considerados prejudiciais aos policiais, como aumento das alíquotas de contribuição previdenciária, o fim das promoções periódicas, a mudança nas pensões, e as restrições às atividades sindicais.

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí.