Novas mensagens com conteúdo racista foram encontradas em um banheiro da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). A Polícia Federal foi acionada pela reitoria, e uma primeira perícia foi realizada no local ontem (25).
O banheiro com as pichações fica dentro da biblioteca central do campus. As mensagens “pretos, imundos, macacos, babuínos” e “pretos na senzala” foram escritas em uma porta. Desde 2017, são seis casos semelhantes investigados pela PF na instituição. Em nenhum dos casos foram identificados os autores.
Em nota, a universidade diz que “dá suporte à polícia com o propósito de colaborar com a investigação e a identificação dos responsáveis”. A UFSM acrescenta que “reforça sua posição de total repúdio a quaisquer formas de discriminação e intolerância”.
Além da perícia no local, imagens de câmeras de segurança são buscadas. Foi aberto, ainda, um processo administrativo, uma vez que o autor das mensagens, se for identificado, pode ser punido até com a expulsão da universidade.
Confira a nota da Universidade na Íntegra:
A Universidade Federal de Santa Maria reforça sua posição de total repúdio a quaisquer formas de discriminação e intolerância. O mais recente episódio de racismo registrado nas dependências da Biblioteca Central não representa os valores defendidos pela instituição.
Assim que a gestão da UFSM tomou ciência do ocorrido, procedeu-se de imediato ao registro junto à Polícia Federal. Uma equipe de peritos esteve, ainda na manhã desta quinta-feira (25), na Biblioteca Central, para dar início às investigações e realização das primeiras perícias. Também estão sendo buscadas possíveis imagens de câmeras de segurança nas imediações do banheiro onde foi registrado o fato.
A UFSM está dando todo o suporte à polícia com o propósito de colaborar com a investigação e a identificação dos responsáveis por este ato lamentável.
Ainda, foi aberto processo administrativo para apuração interna. Uma vez identificada a autoria, os envolvidos serão responsabilizados com base na Lei 8.112/90 (RJU) e no Código de Ética e Convivência Discente da UFSM (Res. 017/18).
O caso também está sendo acompanhado pelo Observatório de Direitos Humanos da UFSM, projeto vinculado à Pró-Reitoria de Extensão.