Policiais civis decidiram ontem que vão entrar em greve contra o pacote de medidas do governador Eduardo Leite.
A decisão foi tomada em assembleia da Ugeirm/Sindicato, que representa escrivães, inspetores e investigadores da Polícia Civil gaúcha após votação unânime. Segundo o sindicato, a greve começará na data que o pacote entrar em votação na Assembleia Legislativa, previsto para a próxima terça-feira.
Em Ijuí, o representante sindical Leonel Rodrigues afirma que a greve está definida e será realizada independente das tentativas do governo em impedir o movimento. Ele afirma, inclusive, que a ameaça do corte do ponto dos grevistas, feita pela chefia de Polícia, é considerada assédio moral pelos sindicalistas, mas não deve intimidar os servidores. Segundo Leonel, existe uma insatisfação crescente entre os policiais civis diante das medidas e da indisposição do governo para negociar, o que deverá encorpar a greve, prevista para iniciar no dia 17.
Com isso, somente 30% do efetivo policial será mantido em serviço, o que deverá prejudicar diretamente os serviços de atendimento ao público e outras funções vitais das forças policiais.
Diferentemente do que ocorreu nos últimos anos, os delegados de Polícia não tem apoiado os movimentos dos demais servidores neste ano. É o caso da operação padrão, adotada pelos policiais há cerca de três semanas, mas que não recebeu apoio das chefias.