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Prefeito Marchezan espera avançar em reformas neste ano e encerra diálogo com sindicato: “são criminosos”

28 de março de 2019

Em evento na Federasul nesta quarta-feira (27), o prefeito de Porto Alegre Nelson Marchezan Júnior palestrou sobre a visão de futuro da Capital dos gaúchos. Para uma plateia de empresários e políticos, ele destacou os desafios para os próximos anos e os avanços já realizados a frente do executivo municipal. Em coletiva de imprensa, antes da palestra, o prefeito de Porto Alegre ressaltou o amadurecimento político da gestão e dos vereadores que aprovaram na segunda-feira (25), projeto do executivo que restringiu gratificações e avanços salariais de servidores municipais. Para Marchezan, o terceiro ano de mandato é considerado importante, pois está relativamente longe das eleições de 2020 e ocorre após um cenário de mudança desencadeado das eleições de 2018. Uma das principais metas do prefeito é equilibrar as contas de Porto Alegre, cuja balança fecha no negativo em praticamente 20 anos, fazendo a cidade ser a pior capital do país nesse tema. Mesmo que as reformas sejam aprovadas neste ano, Marchezan projeta que dificilmente as contas serão colocadas integralmente em dia em 2020. “Mas garanto que o próximo prefeito poderá anunciar aqui na Federasul que vai pagar servidores e fornecedores em dia em 2021″, profetizou. Em 2018, o déficit projetado era de R$ 187 milhões, resultado que foi menor pela antecipação de receitas. A reforma mais importante da prefeitura é a revisão da planta do IPTU, que não ocorre desde 1991 em Porto Alegre. Segundo Marchezan, a proposta visa dar o valor de mercado para os imóveis da cidade, corrigindo o fato de imóveis que pagam mais imposto do que deveriam e também os quem pagam menos do que realmente vale.

Questionado sobre o constante conflito com o Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), Marchezan foi enfático: “O diálogo está encerrado.” O prefeito justifica que 23 reuniões foram realizadas em 2017, entre janeiro e setembro, no primeiro ano da gestão, e que após casos de ocupações da prefeitura e secretarias de educação e saúde em Porto Alegre, com agressões a outros servidores, Marchezan considera que o Simpa é criminoso e que não representa os servidores, e sim interesses partidários e privados. Sobre as reclamações do Simpa de que o projeto aprovado pela Câmara Municipal causasse redução nos salários de servidores, Marchezan disse que são fake news. “Não será reduzido em nenhum centavo.”

Projetando o futuro, o prefeito de Porto Alegre comentou sobre os desafios da cidade. Foram citadas as obras da Copa do Mundo de 2014, que receberam mais de 200 apontamentos do Tribunal de Contas do Estado, ficaram R$ 60 milhões mais cara, além de sofrerem mais de 80 termos aditivos de prazo em contrato, por variados fatores. Também foi destacadas a ampliação do Aeroporto Salgado Filho e as obras da nova ponte do Guaíba. Marchezan alertou que os trabalhos na pista do aeroporto podem ter dificuldades em razão da remoção de famílias que residem próximo à obra, semelhante ao que acontece na nova ponte, onde, segundo o prefeito, 20 famílias ainda precisam entrar em um acordo para o reassentamento. Na área de segurança, o prefeito destacou que mais de 800 mil placas de veículos são monitoradas diariamente na Capital, através de câmeras de lombadas eletrônicas e pardais e que em breve devem ser instaladas câmeras de reconhecimento facial. “Queremos deixar Porto Alegre um ambiente inóspito para a criminalidade”, afirmou.

Marchezan também aproveitou o espaço na Federasul para falar sobre os avanços da sua gestão. Na área de saúde, ele destacou o aumento de 3 mil atendimentos em cada unidade, apenas no período estendido, entre 17h e 22h. São quatro postos abertos nesta modalidade em Porto Alegre. Na educação, Marchezan chamou a atenção para o aumento de 30% no tempo de sala de aula para professores e alunos da rede municipal. “É a maior revolução na educação do país”, afirmou. Questionado sobre a disputa pela reeleição em 2020, Marchezan desconversou: “é muito cedo para falar sobre isso. Quatro anos é bastante tempo.”

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí