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Presidente do HCI defende atuação da Polícia sobre localização de medicamentos roubados

3 de novembro de 2019

O Hospital de Caridade de Ijuí compra medicamentos por meio de plataforma em que participam várias empresas. A informação foi repassada hoje pela manhã, 03, durante entrevista na RPI pelo presidente do HCI, Cláudio Matte Martins.

Ele concedeu entrevista em razão da operação realizada pela Polícia Civil, na última sexta-feira à noite, 01, que apreendeu medicamentos usados no tratamento de câncer. Cláudio Matte Martins ressaltou que foi a primeira vez que o HCI adquiriu medicamentos da empresa do Rio de Janeiro, em que houve problemas com os medicamentos roubados.

O presidente do HCI afirmou que os dois funcionários presos não sabiam que os produtos eram roubados, visto que a compra aconteceu por licitação, em que participa uma lista de empresas. Observou que o pagamento pelos produtos foi feito, num montante de aproximadamente 600 mil reais.

Cláudio Matte Martins comentou que os dois funcionários presos nunca haviam tido problemas nas negociações do hospital ijuiense. Ele possuem mais de 30 anos de atuação no HCI e agora ficarão afastados da casa de saúde por alguns dias, visto a apuração dos fatos. Martins disse que o hospital vai estar de portas abertas para que a Polícia faça toda a investigação necessária.

De forma paralela, a banca de advogados que defende a instituição de saúde também vai atuar na defesa e para elucidar todas as questões. A direção da casa de saúde também tem muito interesse em esclarecer em que momento ocorreu a falha para ter chegado medicamento roubado no Hospital de Caridade de Ijuí.

“Paga-se o que tem que ser pago através de cada um”, disse Claúdio Matte Martins sobre o que indicar a investigação policial. Além disso, informou que os medicamentos em questão tinham chegado durante o dia de sexta-feira passada, por isso, pode ser que nem tenham sido aplicados em pacientes do Cacon, visto a dúvida se foram transportados dentro das condições exigidas de refrigeração.

No entanto, Claudio Martins confirmou que os produtos estavam dentro das especificações corretas de produção. Amanhã pela manhã, a direção do Hospital de Caridade de Ijuí vai se reunir para esclarecer todos os fatos. Cláudio Martins adiantou que em razão da apreensão dos medicamentos, sexta-feira, pode haver falta de produtos para os pacientes com câncer, por isso, é necessária avaliação rápida de todos os transtornos.

Os fatos

A Polícia Civil de Ijuí aprendeu, ontem à tarde, no Hospital de Caridade de Ijuí, dois computadores, um notebook e um pen drive. Os equipamentos eram utilizados pelas duas pessoas presas na última sexta-feira à noite, visto investigação que apontou suspeita de compra de medicamentos roubados para o Cacon – Centro de Alta Complexidade em Oncologia do HCI.

O trabalho de ontem à tarde, comandado pelo delegado, Ricardo Miron, ocorreu após denúncia de que funcionários do setor de informática efetuavam retirada dos mencionados equipamentos do setor de compras e financeiro do hospital ijuiense.

Na operação de sexta-feira à noite, a Polícia Civil apreendeu 100 caixas de medicamentos no HCI, além de uma nota fiscal no valor de 609 mil reais. Além disso, houve duas prisões. A investigação policial apontou que no dia 17 de outubro deste ano tinha ocorrido roubo de uma carga de medicamentos no município de Muriaé, Estado de Minas Gerais.

Esses produtos teriam sido entregues numa empresa do Rio de Janeiro, de onde teria ocorrido a compra por parte do HCI. O delegado Ricardo Miron destacou hoje pela manhã para a Progresso, que os equipamentos apreendidos ontem no HCI vão passar por perícia, a fim de averiguar se existe alguma irregularidade em relação aos medicamentos encontrados sexta-feira.

Ricardo Miron frisou que os dois funcionários presos, mas já liberados da Penitenciária de Ijuí, vão responder por receptação qualificada, visto que os medicamentos adquiridos de uma empresa, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, eram roubados.

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí. Imagem: Polícia Civil.