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Presidentes de sindicatos rurais de Ijuí avaliam novo plano safra do governo federal

23 de junho de 2021

O governo federal lançou, ontem, o Plano Safra 2021/2022 com montante de 251 bilhões e 200 milhões de reais, 6,3% maior que o plano safra anterior, e elevação nas taxas de juros. Vão ser 177,7 bilhões de reais destinados ao custeio e comercialização e 73,4 bilhões aos investimentos. O total destinado para a equalização de juros ficou em 13 bilhões de reais. O novo Plano Safra entra em vigor no dia 1º de julho. As taxas de juros vão ficar entre 3% e 8,5%. No Pronaf, passaram de 2,75% a 4% para 3% a 4,5%. No Moderfrota subiram de 7,5% para 8,5%. A renda bruta de enquadramento no Pronaf passou de 415 mil reais para 500 mil.

Os recursos para os pequenos produtores rurais tiveram acréscimo de 19%. Vão ser destinados R$ 39,34 bilhões para financiamento pelo Pronaf. Desse valor, R$ 21,74 bilhões são para custeio e comercialização e R$ R$ 17,6 bilhões para investimentos. No caso do Pronamp, são 34 bilhões de reais, aumento de 3% em relação à safra passada, ou seja, R$ 29,18 bilhões para custeio e comercialização e R$ 4,88 bilhões para investimento. Os recursos para a construção de armazéns nas propriedades tiveram acréscimo de 84%, montante de R$ 4,12 bilhões. Já a subvenção ao Prêmio do Seguro Rural será de 1 bilhão de reais.

Para o presidente do Sindicato Rural Patronal de Ijuí, Ércio Eickhoff, o aumento de juros para a agricultura não é bom, porém acredita que isso não irá mexer muito na realidade da área e os produtores vão seguir com a contratação de financiamentos. Eickhoff entende que o mais preocupante é para o Pronaf, por ser área de pequenos agricultores. A elevação dos preços dos produtos agrícolas do ano passado para cá, conforme Ércio Eickhoff, ajuda a equilibrar o aumento de juros para financiamentos. Já o volume de verbas para o novo plano safra é suficiente para atender a área agrícola, segundo o presidente do Sindicato Rural de Ijuí.

Sobre o mesmo tema, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Ijuí, Carlos Karlinski, enfatiza que mesmo com o acréscimo de recursos, o plano safra 2021/2022 pode apresentar problemas, visto o aumento dos custos de produção. A tonelada de adubo, que há um ano era comercializada a cerca de mil e 600 reais, agora está em quase 3 mil reais. Diante disso, Karlinski esclarece que o aumento de juro não é o maior problema. Ele ainda entende que o governo federal deveria disponibilizar maior valor de recursos por hectare para financiar a produção, atualmente em torno de mil e 700 reais.

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí