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MANCHETES

Queda da área de plantio, câmbio e aumento da demanda impulsionaram os preços do Arroz

9 de setembro de 2020

O Preço do saco de cinco quilos de Arroz nos Supermercados tem gerado discussões em todo o País. O cereal chega a registrar alta de 100% em algumas regiões. Conforme a Economista do Sistema FARSUL Danielle Guimarães, os preços elevados foram impulsionados pela diminuição da área de plantio, flutuação do câmbio e principalmente no aumento da demanda interna e externa.

Com a saca de 60kg chegando neste momento a ser comercializada a R$ 110,00 e com o dólar alto, as indústrias de beneficiamento do grão estão exportando mais, o que gera um desabastecimento no mercado interno. “É aquela famosa conta, a demanda sobe os preços se elevam”,disse.  Segundo a economista o produtor de arroz do Rio Grande do Sul, por exemplo, vem alertando há cerca de Cinco anos que os custos de produção estavam elevados e que isso faria com que a área de produção do cereal iria diminuir. “O produtor de Arroz vem trabalhando no vermelho a muito tempo. Nós já havíamos alertado para isso, porém, não fomos ouvidos”, relatou a economista.

Danielle disse que a pandemia também ocasionou o aumento no consumo e por consequência a elevação dos preços. “As pessoas estão mais em casa, se alimentando em casa e por isso a demanda por arroz subiu, alavancando os preços do produto final”, explicou.  Um dos movimentos dispostos pelo Ministério da Agricultura é zerar a taxa de importação do cereal para que o País não fique desabastecido. Essa medida poderá trazer ao Brasil o Arroz Paraguaio, produzido com menores custos.

A Economista Danielle Guimarães não observa um movimento de retração dos preços num futuro próximo. Segundo ela, somente na próxima safra do grão se o mercado estiver aquecido, o produtor poderá aumentar a sua área de cultivo e isso poderá contribuir com a derrubada dos preços do cereal. “Este é um movimento que poderá acontecer, mas não em curto prazo”, finalizou. 

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí