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Representantes do setor primário avaliam situação das lavouras de verão em Pejuçara em razão da estiagem

9 de março de 2020

A Administração Municipal de Pejuçara reuniu na manhã desta segunda-feira(9) entidades e instituições do segmento da agricultura e pecuária e representantes de instituições bancárias para discutir a situação das lavouras de verão no município de Pejuçara. O encontro foi motivado pelo avanço do número de hectares atingidos pela estiagem que assola a região já há alguns dias e especialmente porque as previsões meteorológicas não vislumbram chuva no município até o dia 16 deste mês.

“Precisamos estar vigilantes e de posse de dados que possam fundamentar um eventual decreto de emergência, e isso motiva este e outros encontros que agora teremos que fazer para que tenhamos o acompanhamento deste comportamento. O prejuízo econômico já está acontecendo e há riscos também para o desabastecimento humano, no que tange a água”, disse o prefeito Eduardo Buzzatti.

O Chefe do Executivo destacou que a reunião foi o ponta pé para que os técnicos realizem um diagnóstico concreto da situação provocada pela estiagem nas lavouras de verão e na produção leiteira. Segundo ele, estes dados serão fundamentais para evitar o que já ocorreu em outros municípios da região que elaboraram e assinaram um decreto de emergência, porém, sem obtenção da homologação pela defesa civil gaúcha.

Os técnicos e representantes de entidades como sindicato rural, cooperativas, escritórios, empresas do ramo agrícola, Emater, secretaria da agricultura e bancos pontuaram perdas verificadas nas lavouras de soja nos últimos dias. Dados extras-oficiais apontam para quebra de pelo menos 40% da produção, se levada em consideração a média de produtividade apontada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE) de Pejuçara que foi de 65 sacas por hectare na última safra de soja.

Os técnicos presentes ao encontro relataram preocupação especialmente com a soja mais tardia tendo em vista a detecção de casos de “abortamento” de grãos nas vagens. Em relação aos índices pluviométricos houve o relato de uma queda brusca de janeiro para cá. Em apenas uma localidade, os índices saíram de 250 milímetros em janeiro para 19 milímetros em fevereiro e ausência total de chuvas no mês de março. “Nós reunimos a grande representação da produção primária por que o momento exige atenção total para a situação da agricultura. A decisão de Decretar a Emergência e essa é uma decisão que precisa ser tomada com cuidado e não na emoção, por que em caso de não ser homologado, o município pode sofrer consequências”, explicou Buzzatti. 

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí e prefeitura