De acordo com as equipes, hoje, não há vacina disponível para toda a população. Além disso, a dose da vacina pode ser aplicada em conformidade com as novas recomendações do Programa Nacional de Imunização em vigor atualmente: duas doses para pessoas com menos de 30 anos e uma para quem tiver até 49 anos e desde que a pessoa não tenha sido vacinada em nenhum período da vida. “As vacinas são aplicadas mediante a apresentação da carteira vacinal. Isso é imprescindível, pois, a pessoa que já teve a vacina está imune. Não existe o risco de incidir num lado e anos depois no outro”, esclarece Salester.
Por isso, segundo Salester, a carteira de vacina é de suma importância e as pessoas devem guardá-la com da mesma forma como fazem com outros documentos de identidade, tipo CPF, RG, Carteira de Trabalho, CNH entre outros. "Ao procurar a Unidade de Saúde é necessária a apresentação da carteira. Essa prática é fundamental para que tenhamos o controle das vacinas feitas", reitera a coordenadora do Programa de Imunização.
As equipes também esclarecem que o fato de a pessoa receber a vacina já tendo contraído o vírus – pode estar assintomática e já ter contraído a doença – não causa complicações outras, além daquelas já decorrentes da própria doença.
A caxumba caracteriza-se por ser um processo inflamatório das glândulas salivares, principalmente, parótidas, e pode ser precedida ou acompanhada por sintomas inespecíficos como febre baixa, mialgia, artralgia, cefaleia, otalgia e mal-estar geral. “Em 30% ou mais dos casos, dependendo da idade e situação vacinal ou imunológica, pode apresentar-se com sintomas inespecíficos ou respiratórios, principalmente em crianças menores e idosos, ou ainda, ser assintomática. Por isso, a caxumba só é considerada após diagnóstico médico.
"O período de transmissão ocorre entre 6 e 7 dias antes das manifestações clínicas até 9 dias após o surgimento da parotidite", observa a médica infectologista Jaqueline Souza. Já o período de incubação varia de 12 a 25 dias após a exposição, em média 16 a 18 dias, e não há tratamento específico, devendo os pacientes, após confirmação da ocorrência da doença e, por orientação médica, receberem os cuidados prescritos e permanecerem em repouso e isolamento.
De acordo com Jaqueline, na maior parte dos casos, a evolução é benigna e estima-se na era pós-vacinal como principais complicações a seguinte proporcionalidade: 10% meningite asséptica, de 3% a 10% orquite, no homem, e 5% ooforite na mulher. “No Brasil, a caxumba não é um agravo de notificação compulsória, porém o Rio Grande do Sul possui a notificação de casos individuais da doença no Sinan desde a década 70.