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Serviços concentram quase 75% do PIB dos municípios gaúchos em 2017

13 de dezembro de 2019

O Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão, em parceria com o IBGE, divulgou os dados do Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios gaúchos, referente a 2017. Os  estudos têm defasagem de dois anos, em razão da consolidação dos cálculos estaduais, rateados às cidades. A pesquisa aponta que três quartos da economia estão baseadas em serviço, o que equivale a 371 cidades, enquanto a agropecuária é mais presente em 19,5% (97 municípios) e indústria em 5,8% (29 municípios). Na comparação com 2016, os resultados dos setores correspondem ao valor nominal, ou seja, não consideram apenas o volume de produção e também calculam a variação de preço. Isso explica a queda da agropecuária no PIB dos municípios que atingiu 7,3%, influenciada pela queda nos preços da soja e do milho. Os serviços em 2017 cresceram 5,6% e a indústria 0,4%. No total o PIB municipal teve alta de 3,5% em 2017.

Em termos gerais, o PIB dos municípios gaúchos estão concentrados na Região Metropolitana de Porto Alegre e na serra, com alguns pólos de destaque em outras regiões, como Pelotas, Rio Grande, Santa Maria e Passo Fundo. Os 10 municípios com maior PIB no Estado seguem os mesmos, embora haja troca de posições entre eles. A Capital segue disparada na primeira posição com 17,5% do total do Rio Grande do Sul, embora tenha perdido 0,34%. Caxias do Sul retomou a segunda posição, com alta de 0,22% e representa 5,1% do total, superando Canoas, que teve a maior perda no Estado, de 0,45%, representando 4,5% do PIB gaúcho, justificada pela oscilação do preço do petróleo. As maiores elevações foram de Gravataí, que cresceu 0,46%, embora siga na quarta posição geral. A cidade de Triunfo subiu 4 posições no top-10 e está em sexto, atrás de Rio Grande. Único representante do norte entre os 10, Passo Fundo perdeu duas posições e é 8°, com participação em 2% do PIB estadual, atrás de Novo Hamburgo. Pelotas e Santa Cruz do Sul completam o grupo. Dos 10 maiores, nove municípios tem mais de 100 mil habitantes, à exceção de Triunfo.

Em relação ao PIB per capita, os municípios com menos de 10 mil habitantes apresentam os melhores resultados. Em oitavo lugar destaque para Boa Vista do Cadeado, cuja economia é influenciada pela Soja, que tem PIB per capita de R$ 86,1 mil, 2,3 vezes o Estado, que é cerca de R$ 37 mil por pessoa. Em primeiro lugar neste ranking está Triunfo, que em razão da indústria química, tem 8,33 vezes o resultado gaúcho, com PIB per capita de R$ 311,2 mil. Ao analisar o mapa do Rio Grande do Sul, segundo o DEE, os melhores PIBs per capita estão na metade norte, em razão dos resultados da agricultura. Entre as 10 piores economias por habitante no Estado estão Viamão e Alvorada, em penúltimo. O último colocado é São José do Norte, cujo PIB per capita é um terço do Rio Grande do Sul, com R$ 12,4 mil.

Em relação às 100 maiores economias do país, o Estado perdeu um município: Rio Grande, que caiu 12 posições, deixando o 95° lugar em 2016. Em 2017, quatro municípios estão entre os 100. Porto Alegre é a sétima colocada, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba e Osasco. Caxias está em 40° e Canoas em 47°. Destaque para Gravataí que subiu 12 posições e em 2017 é o 79°, com uma economia baseada em veículos automotores.

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí/Foto: Card/Seplag/Divulgação