De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado esta semana, mais de 90% das lavouras já receberam a primeira aplicação de fungicidas, sendo que em muitas áreas já houve inclusive a segunda. Até o momento, a ocorrência de pragas tem sido pequena, registrando-se casos isolados de lagarta em algumas áreas.
Na metade Sul, as lavouras plantadas no final de novembro e dezembro tiveram problemas de germinação devido à baixa umidade do solo, com algumas delas necessitando replantio. Nos plantios onde as sementes conseguiram germinar, o desenvolvimento vegetativo é lento e de pouco vigor; tal situação é identificada principalmente na região da Campanha, onde o déficit hídrico tem provocado inclusive a queda de folhas e o abortamento de flores. As últimas chuvas ajudaram no desenvolvimento das lavouras, mas ainda não foram suficientes para as necessidades da cultura.
Já o desenvolvimento das lavouras de milho encontra-se distribuído da seguinte maneira: 10% em desenvolvimento vegetativo, 10% em floração, 30% em enchimento de grãos, 28% em maturação e 22% colhido. O avanço da colheita foi lento devido à alta umidade, mas sem comprometer a retirada do produto das lavouras.
Devido às frequentes chuvas dos últimos dias, as lavouras estão atrasando a maturação, o que pode dificultar a implantação de outra cultura na sequência. As lavouras colhidas apresentaram produtividade dentro da expectativa para a atual safra e boa qualidade do produto.
Em alguns momentos, as chuvas fortes vieram acompanhadas de ventos que provocaram o acamament.o de plantas nas áreas prontas para a colheita. A quantidade de plantas danificadas, entretanto, é pequena não comprometendo a produtividade; lavouras em maturação não apresentam danos. Com a boa umidade acumulada no solo, principalmente em áreas mais ao Norte, o milho semeado para silagem, na sequência do milho grão, apresenta emergência rápida e com boa densidade de plantas.
Restam basicamente algumas pequenas áreas de feijão a serem colhidas nas regiões tradicionais. O início da colheita da primeira safra só não começou ainda nos Campos de Cima da Serra, região com a maior área plantada.
As condições meteorológicas desse último período permitiram a evolução da semeadura em todas as áreas de produção da segunda safra de feijão. As fases fenológicas das lavouras são de germinação e desenvolvimento vegetativo, com bom desenvolvimento inicial devido ao período com chuvas e temperatura elevada. Em muitas regiões, ainda há lavouras a serem semeadas. O Médio Alto Uruguai e o rio da Várzea, em razão das condições climática locais, são regiões com condições especiais que permitem o plantio do feijão de segunda safra logo na sequência do cultivo de milho, com expressiva área de cultivos.