Considerada a segunda fonte de renda dos produtores rurais, o turismo rural, que também sentiu os reflexos negativos da pandemia da Covid-19, vem ganhando cada vez mais força e já assume um protagonismo que vai permanecer após a epidemia. A afirmação é da extensionista da Emater e turismóloga de Porto Alegre, Fernanda Costa da Silva.
Em entrevista à Rádio Progresso, a turismóloga disse que apesar de ser a segunda fonte de renda do público rural e atuar muito mais como um complemento extra, na medida em que a agricultura familiar atua como fator principal de renda, o turismo rural começou a movimentar novamente desde Junho, muito por conta da pressão do mercado. “As pessoas necessitam do ar puro do interior, e esses espaços abertos, ao ar livre, já assumem um protagonismo que será tendência também após a pandemia” afirma.
Além disso, a profissional do setor atenta para o fato de que durante esse período muitas famílias do meio rural buscaram uma qualificação que antes não existia. “As propriedades estão se adaptando as condições da pandemia, com um regramento muito bem aplicado. É um legado que vai permanecer” afirma.
Segundo Fernanda da Silva, a Emater, enquanto entidade, elaborou uma série de materiais informativos e com orientações aos trabalhadores que atuam no meio rural. Entre elas estão a busca pela qualificação profissional e a adaptação da propriedade.
“O espaço precisa estar preparado, o primeiro passo é não ter pessoas do grupo de risco atendendo aos turistas, adaptar o local segundo as recomendações da Anvisa e da Vigilância do município, fazer o contato prévio com os visitantes a fim de passar todas as informações e orientações antes da chegada dos turistas ao local, buscar se certificar também de como está a saúde dos visitantes, não permitir o ingresso de pessoas do grupo de risco e passar todas as orientações de higiene” conclui Fernanda.